Metade dos consumidores cogita acelerar compra de imóvel

Publicado em 12/12/2022  

 

A decisão de compra de imóvel pode ser acelerada em breve com as mudanças previstas para a economia do país. O governo eleito sinalizou que vai incentivar a retomada do segmento de baixa renda, o que tende a gerar novos ventos para o imobiliário.

É o que indica uma pesquisa realizada pela consultoria Brain realizada no mês de novembro. Segundo o levantamento, o crédito facilitado tem poder para antecipar a decisão de compra para 50% dos entrevistados. 

O dado foi divulgado na apresentação da pesquisa sobre intenção de compra de imóveis no Brasil, durante o webinar ”Mercado Imobiliário: Comportamento do consumidor e as tendências para 2023”. A conferência foi realizada na semana passada pela Brain e a Associação de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

Intenção de compra de imóvel é agilizada pela facilidade na obtenção de crédito

Na visão de gestores e executivos do imobiliário, a intenção de compra diante de novidades no cenário econômico pode significar um crescimento do mercado já no curto prazo. Isso se deve, principalmente, pela perspectiva de estímulo à produção e consumo de imóveis econômicos.

“Existem dois grandes mercados, o de baixa renda e o de médio e alto padrão. A baixa renda está mais protegida contra os juros, pois há possibilidade de usar recursos do FGTS e as operações agora são mais longas, podendo chegar a 35 anos. Com os subsídios e expectativas sobre o novo governo, isso deve trazer uma melhor capacidade de compra”, destacou Luiz França, presidente da Associação de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc).

França ainda ressalta que, mesmo com a Selic em 13,75%, na prática, os juros do financiamento imobiliário são os menos impactados. “No contrato, a taxa fica na faixa de 9,5%. Caso a Selic seja reduzida, que é a expectativa de médio prazo, o mercado brasileiro oferece a portabilidade, caso outra instituição ofereça uma taxa menor. Mas, em geral, o próprio banco procura reprecificar para não perder o cliente”, apontou França.

Alex Veiga, CEO do Grupo Patrimar, complementou afirmando que, na prática, o imobiliário tem condições privilegiadas diante da variação dos juros básicos da economia.

“Quando se fala que os juros saíram de 2% para 13,75%, é preciso dizer que, no imobiliário, não é bem assim. Essa flutuação não impacta tanto quanto um leigo pode achar. A Caixa Econômica, por exemplo, tem vários mimos”, apontou, falando sobre facilidades oferecidas pelo banco que é líder em financiamento imobiliário.

“Temos também novos agentes financeiros com taxas agressivas, como o Banco Inter, o Safra. O funding está disponível e estamos em um momento espetacular. Essas mudanças de hábito do consumidor geram, nas empresas, um movimento muito interessante que é de descobrir o que o comprador de fato quer. E os negócios continuam acontecendo”, arrematou Veiga.

Pesquisa revela outras oportunidades ligadas à economia

Outro ponto interessante da pesquisa é a estabilidade da intenção de compra, mesmo no contexto pós-eleitoral. “Temos a intenção de compra em 31% em novembro, uma manutenção da margem das pesquisas anteriores, o que é excelente para o mercado”, afirmou Marcelo Gonçalves, sócio da Brain. Destes 31%, 11% já estão em busca ativa pelo imóvel – 7% pela internet e 4% já visitando imóveis e estandes de vendas. 

Ter o bolso menos apertado também é fator importante para abraçar um financiamento. Segundo 49% dos participantes da pesquisa, o aumento da própria renda pode implicar a compra de um imóvel.

Outros pontos citados pelos entrevistados para antecipar a decisão de compra ligados à macroeconomia foram a queda na taxa de juros (31%) e queda na inflação (22%). Vale destacar também que apenas 7% dos entrevistados afirmaram que nenhuma mudança econômica faria agilizar a compra de um imóvel.

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas de todas as regiões do Brasil, com renda acima de R$ 3.000, e foi realizada durante o mês de novembro – ou seja, contempla a opinião dos entrevistados após o desfecho das eleições.

Especialistas destacam otimismo na construção

Na visão de especialistas, o fechamento de negócios deve ser favorecido por diversos fatores que chegam com o ano de 2023. Entre eles, a estabilidade no custo dos materiais de construção, prioridade do governo eleito com as moradias populares e afastamento do período de eleições.

“Em julho passado, o INCC atingiu índice de 17% no acumulado de 12 meses. Para o ano que vem, a expectativa é de um número mais comportado, abaixo dos dois dígitos”, disse Luiz França, da Abrainc.....

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Por Rodrigo Arend em 6 de dezembro de 2022 - Portal Imobi Report

Jornalista multimídia com mais de 10 anos de carreira. É responsável pelo conteúdo do portal Imobi, além de contribuir com a newsletter do Imobi Report.

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